terça-feira, 19 de maio de 2009

Diga NÃO às Touradas

A tourada é uma tradição presente nos países ibéricos e França, e em algumas das áreas por eles colonizadas (México), que consiste da lida de touros bravos através de uma série de artes, a pé ou montado a cavalo. Presente em diferentes vestígios desde a antiguidade clássica, sendo conhecido o afresco da tourada no palácio de Cnossos em Creta.

Em Portugal as touradas de morte foram proibidas no tempo do Marquês de Pombal ao mesmo tempo que a pena capital foi definida para os criminosos, por motivos do falecimento de figuras de relevo nestes espetáculos (o que ainda acontece em Espanha com alguma frequência). Em 2002 a lei foi alterada para permitir os touros de morte em locais justificados pela tradição, como na vila de Barrancos.

Antes de entar na arena, os touros são mantidos nos curros, para onde são conduzidos com aguilhões e à paulada, e onde os seus chifres são serrados a sangue frio para serem embolados.

Factos:

Ao entrar na arena, os touros vão já fortemente enfraquecidos e feridos (devido aos chifres serrados a sangue frio antes da tourada), além de apavorados. O pânico do touro é tão grande, que fugiria deste cenário aterrorizador, se tivesse essa possibilidade.

É possível observar a expressão de medo e de confusão nos touros sempre que estes entram na arena, e que se agrava quando a tortura da tourada se acentua, à medida que as bandarilhas e os restantes ferros (que podem ter comprimentos variáveis entre os 8cm e os 30 cm, além de terem afiados arpões na ponta, para se prenderem à carne e aos músculos dos animais) rasgam os seus tecidos, provocando-lhes um sofrimento atroz, além de febres imediatas, acrescidas de um enfraquecimento acentuado pela perda de litros de sangue.

A Tourada em detalhe:

Todo o decorrer da chamada corrida de touros à portuguesa consiste na “lide” de seis touros, habitualmente. Cada um dos touros é toureado por um cavaleiro tauromáquico, que lhe crava entre quatro a oito ferros compridos com grandes e afiados arpões na ponta. Os touros podem alternativamente ser “lidados” por um toureiro a pé (embora isto seja menos comum nas touradas portuguesas), que crava repetidamente as aguçadas bandarilhas no dorso do touro. Seguidamente, é comum entrar em cena o bandarilheiro, que vem cansar ainda mais o touro já febril, brutalmente enfraquecido, confuso e assustado.

Enquanto o touro é brutalizado na tourada, enquanto o cavalo é também vítima desta brutalização, e enquanto o sangue de ambos os animais escorre e mancha a arena em que este acto deplorável acontece, não são apenas toureiros (cavaleiros tauromáquicos e bandarilheiros) que participam nesta festa de sacrifício de animais – existe um público presente que, por minoritário que seja na sociedade portuguesa, aprecia e aplaude a violência a que assiste, regozijando-se com o sofrimento bárbaro que ali é infligido aos animais.

Fonte: http://deixaviver.blogspot.com/

Nenhum comentário: